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De onde vem nossas referências!



Salve simpatia!


Nesse processo todo de criação, organização, planejamento, gestão, logística e contabilidade, temos colhido alguns retornos interessantes e super importantes das pessoas que vêm apreciando nosso trabalho e adquirindo as camisetas da Coleção Totem.


Alguns destes retornos vêm da curiosidade em saber um pouco mais sobre as referências e simbolismos que apresentamos nesta primeira coleção. É um passo importante para nós, ressaltar essas inspirações, justamente no momento em que estamos preparando as próximas coleções e produtos.


Como já informado anteriormente, na página de apresentação da loja, o trabalho criativo desenvolvido pelo designer Gabriel Muniz tem como referenciais as ancestralidades negras-africanas e indígenas-pindorâmicas de Améfrica. No entanto, vamos detalhar um pouco mais sobre o que está simbolicamente inserido nas estampas da Coleção Totem.


No geral, o caminho estético da Totem buscou uma perspectiva minimalista, sintética, gestada tanto no sentido da forma - com possibilidades de produção em serigrafia e estêncil; quanto de conteúdo - no cruzamento de simbologias que propusessem as semelhanças entre padrões gráficos geométricos presentes em culturas de povos africanos (continente e diáspora) e povos de Abya Yala. Temos também, inspiração em trabalhos de mestres das artes brasileiras, como Abdias do Nascimento, Rubem Valentim e Mestre Didi.


Conceitualmente, pensamos na ideia de encruzilhadas criativas, inspiradas em características do Orixá Exu, bem como nas tradições de espiritualidade que transitam entre referências culturais africanas e pindorâmicas, como a Jurema Sagrada e a Umbanda. Neste sentido, estamos no processo de aprofundar e exercitar criativamente nossas leituras e compreensões sobre a noção Améfrica. Desta maneira, nosso processo de criação é livre, pautado em referenciais ancestrais, porém buscando um caráter de originalidade autoral.



COLEÇÃO TOTEM - MODELO 01

Esta estampa foi inspirada inicialmente no Orixá Xangô. As cores branca e vermelha, também são as cores trabalhadas na marca Àgun Iná. A referência está também na forma do machado, símbolo deste orixá; também a ênfase no tom bordô busca aludir à determinadas qualidades de Iansã. Pensamos num diálogo de formas e cores que remetessem a povos indígenas (nos inspiramos mais diretamente em padrões e cores do povo Baniwa) e à Jurema Sagrada, bastante difundida no estado de Pernambuco, onde nasceu o artista Gabriel Muniz. A dimensão totêmica das formas da coleção busca uma conexão com as iconografias destas tradições e, no sentido de composição gráfica, remete a trabalhos de Abdias do Nascimento, Mestre Didi e Rubem Valentim. Também nos inspiramos em artistas e designers negros contemporâneos, que vêm trabalhando com as linguagens da serigrafia e estêncil. Ex: Faraó Stencil e Fibrose.



COLEÇÃO TOTEM - MODELO 02

Já esta segunda estampa referencia Exu e Oxum. Trazemos um símbolo que remete ao tridente de Exu. Buscamos variar a cor em relação ao modelo 01, nos permitimos experimentar mais livremente nessa composição os usos das cores amarela ouro e branca (pensada em Oxum); Embora a cor preta tivesse mais relação com as cores de Exu, o caminho apresentado ao lado teve melhor resultado. Seguindo o caminho de liberdade proposto pela simbologia do orixá, pensamos numa composição que remetesse ao nosso imaginário sobre os totens indígenas, aliados a iconografias elaboradas por mulheres dos povos africanos Ndebele e Imigongo. As formas foram experimentadas inicialmente a partir do estêncil, assim muitos dos traçados seguem o movimento do desenho com estilete.



COLEÇÃO TOTEM - MODELO 03

A terceira estampa de nossa coleção buscou trabalhar uma cor diferente das que vínhamos utilizando nos experimentos anteriores à Àgun Iná. Desta maneira, inicialmente buscamos inspiração no orixá Oxaguiã, que em seu itan, tem uma ligação com o azul de Ogum. Assim, este modelo foi composto apenas em tons de azul e branco. Estas cores, na predominância do azul, também foram pensadas de modo a contemplar a orixá Iemanjá, trazendo, assim, ambas as polaridades de gênero - o que também está presente nos demais modelos. A forma geral, além de retomar o motivo totêmico afro-pindorâmico, remete ao pilão de Oxaguiã.


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